Ruy Castro e eu participamos na semana passada da Fliporto, a feira de livros pernambucana, que antigamente era em Porto de Galinhas, mas agora acontece em Olinda. O homenageado deste ano era Nelson Rodrigues, cujo centenário está sendo comemorado, e nós dois participamos de uma mesa ao lado de Geneton de Moraes. Ficamos muito bem impressionados com a organização da festa e, principalmente, com o interesse das pessoas e seu nível de informação. Depois da palestra, participamos de uma noite de autógrafos e assinamos dezenas de livros, conversando com leitores muito atentos, cheios de observações interessantes a fazer. Foi um sucesso.

Aproveitamos nossa ida a Pernambuco para visitar a Oficina de Francisco Brennand e o Instituto Ricardo Brennand, ambos em Recife. O primeiro, infelizmente, estava fechado por causa do feriado de quinta-feira, dia 15 de novembro, e só pudemos passear pelo lado de fora (já deu para ver que beleza que é). Mas o segundo, o Instituto Brennand, estava aberto e nós pudemos conhecer, por dentro e por fora, esse lugar único e sensacional, que merece ser reconhecido internacionalmente. A beleza das construções e dos jardins, a quantidade de obras de arte, a coleção de armas brancas, as tapeçarias, tudo é espetacular. No momento, está acontecendo uma exposição com as pinturas de Frans Post (Brennand tem a maior coleção particular do pintor holandês no mundo), que é uma beleza. Mas tem também Rugendas, Facchinetti, Botero, Antonio Parreiras, Eliseu Visconti, a lista não tem fim. A única coisa que infelizmente não tem é, na lojinha do museu, um catálogo do acervo permanente. Coisas do Brasil.

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